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≡ Sara Norte conta sobre o seu transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) .

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Entrevista com Sara

A entrevista com o humorista António Raminhos não se resumiu à Sara comentando sobre o seu TOC – ela também trouxe outros temas interessantes e bastante pessoais. Em um momento, Sara comenta sobre algo que ela passou a fazer após a morte da irmã:

“Antigamente eu não me dava ao luxo de ir abaixo. Hoje em dia, desde a morte da minha irmã, que eu me dou, realmente, ao luxo de ir abaixo. E às vezes perguntam-me ‘estás bem?’, e eu digo ‘não, estou na merda’. Não quero falar com ninguém, quero estar sossegada. E não finjo. Tanto que, por exemplo, quando a minha irmã morreu, normalmente, eu sou uma pessoa que, quando acontece algum drama, a família vai toda lá. E eu fui a primeira vez que quis passar as coisas sozinha. Não apetecia ter pessoas na minha casa para fingir que estou bem. Foi a primeira vez que me dei ao luxo de dizer que estou mal”.

Raminhos também falou que, depois de tantas tragédias, como o fato da irmã de Sara ter morrido, ela poderia ter “ido abaixo” e voltado para os antigos hábitos. “Se há momentos de desespero, quando a minha irmã morreu, a dizer para me levarem para ir para o pé delas? Claro que sim. Mas depois tenho que pensar que ainda tenho tanta coisa aqui para viver.”

Raminhos então pergunta: “E é isso que te levou a não voltar atrás? Sobretudo a tua mãe?”. Sara responde: “Sim, e temos de aproveitar a vida. Porque há pessoas que não podem aproveitá-la. Eu passei os últimos dois anos no IPO, no sétimo andar do IPO. E vi crianças com um ano, com dois anos, a morrerem.” Ela também questionou se “nós que temos todas as oportunidades da vida” realmente deveríamos perdê-las. “Será que isso é justo? Conosco e com os outros? Não”, completou.

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Ângela Oliveira

Ângela Oliveira, natural do Paraná, é uma mente curiosa e dedicada, apaixonada por desvendar os intricados caminhos da mente feminina. Graduada em Letras com estudos em Psicologia e Filosofia, Ângela combina sua sólida formação acadêmica com uma sensibilidade ímpar para entender as complexidades das experiências humanas. Ângela oferece uma perspectiva única sobre questões relacionadas à saúde mental, autoestima e relacionamentos. Seus textos são uma mistura equilibrada de conhecimento técnico e empatia.

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