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Novo estudo descobre que a polarização política tem impactos negativos na saúde

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Novo estudo descobre que a polarização política tem impactos negativos na saúde

TA divisão política americana pode estar a deixar as pessoas doentes de preocupação à medida que as eleições se aproximam – mas também pode estar a deixar as pessoas fisicamente doentes. Um novo estudo publicado em Medicina da Natureza investiga como a polarização política afeta a saúde e descobriu que visões políticas extremas (em ambas as direções) estavam associadas a fatores de risco para a saúde conhecidos, bem como a piores condições de saúde física e mental.

Embora outros artigos já tenham abordado esta associação de saúde antes, esta nova publicação é um estudo agregado que analisa todo o conjunto de pesquisas sobre o tema – mais de 100 outros estudos – tornando as conclusões bastante nítidas. O conjunto deixa claro o que muitos de nós já vimos acontecer no mundo do bem-estar: os indivíduos que desconfiam dos médicos e da medicina ocidental – independentemente da sua filiação política – tendem a renunciar às intervenções médicas de bom senso, tornando-se vítimas da Covid-19 antivacina. 19 teorias da conspiração e até mesmo acreditar na desinformação sobre protetores solares.

Este fenómeno tem-se manifestado ao longo do tempo na política americana, mas à medida que o cenário político se tornou cada vez mais polarizado, os investigadores dizem que a saúde e os comportamentos de saúde das pessoas pioraram.

Como a polarização política está ameaçando a saúde

Os pesquisadores descobriram que a ligação entre polarização e saúde existe em alguns níveis:

  1. Os eleitores que se identificaram como mais extremistas do que a média dos eleitores do estado apresentaram pior saúde física e mental, de acordo com o estudo.
  2. Os eleitores mais polarizados também tinham crenças ou se envolveram em comportamentos que estavam associados a piores condições de saúde – tais como não serem vacinados, não confiarem ou seguirem os conselhos de profissionais médicos e não seguirem uma dieta equilibrada.
  3. A crescente polarização ficou enredada nos conselhos de saúde, transformando algo que deveria ser uma questão politicamente neutra num ponto de discussão partidário incendiário que mina a autoridade dos profissionais médicos.
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Nos EUA, questões de saúde – como ser a favor ou contra as vacinas; ou autoridades de saúde geralmente confiantes, como o czar da Covid e ex-conselheiro médico-chefe do presidente, Dr. Anthony Fauci, cuja autoridade continua a ser uma questão partidária– tornaram-se associados a partidos políticos. Contudo, este não é o caso em todo o mundo: um estudo de 67 países descobriram que a adesão a um partido político ou outro não se correlacionava consistentemente com atitudes desconfiadas em relação à saúde.

Ao mesmo tempo, um inquérito aos países europeus mostrou que o partidarismo, mais uma vez, previu comportamentos de saúde. Assim, combinando as conclusões destes dois estudos, os investigadores concluíram que a ligação entre polarização e saúde tem menos a ver com a ideologia real (ou seja, as crenças que uma pessoa ou um partido tem). Em vez disso, trata-se de polarização e do próprio extremo.

Não vamos medir palavras: atualmente, ideologias políticas à direita nos EUA representam um risco extremo para a saúde das pessoas, seja minando cuidados de saúde acessíveis ou impedindo os médicos de realizarem abortos em pessoas em dificuldades médicas graves, que os investigadores apontam como riscos para a saúde. O estudo agregado também mostra que em estados inclinados à extrema-direita como Virgínia Ocidental e Mississippicidadãos tem pior saúde.

Mas poderia este fenómeno ser um sintoma de um bicho-papão maior? Se não insultássemos tanto os nossos rivais políticos, estaríamos menos dispostos a desconsiderar os conselhos dos nossos médicos e especialistas em saúde pública em detrimento das palavras dos nossos políticos? Se houvesse mais compromisso e colaboração na política, estariam os nossos políticos tão dispostos a usar a nossa saúde como arma para o poder? Talvez os comportamentos e resultados adversos para a saúde sejam um sintoma, e a verdadeira doença seja a polarização.

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Portanto, se você estiver hiperventilando com a perspectiva de o outro lado vencer as eleições, deixe que isso sirva como um lembrete para respirar fundo, talvez dar um passeio e colocar sua saúde em primeiro lugar.

Ângela Oliveira

Ângela Oliveira, natural do Paraná, é uma mente curiosa e dedicada, apaixonada por desvendar os intricados caminhos da mente feminina. Graduada em Letras com estudos em Psicologia e Filosofia, Ângela combina sua sólida formação acadêmica com uma sensibilidade ímpar para entender as complexidades das experiências humanas. Ângela oferece uma perspectiva única sobre questões relacionadas à saúde mental, autoestima e relacionamentos. Seus textos são uma mistura equilibrada de conhecimento técnico e empatia.

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